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AGORA - Dani Gurgel e Novos Compositores

by Dani Gurgel

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1.
Linha na Pipa Vinicius Calderoni Linha na pipa Lenha na fogueira Pé na tábua Que é segunda-feira Se ninguém levanta Se sacode e lava o rosto Não haverá maneira Da vida andar Todo mundo quer brilhar no circo Mas não sabe que pra isso Tem que erguer e amarrar a lona E colar cartaz, ser bilheteiro Cobrar escanteio e correr pra área Fogo no rabo Pernas para que te quero Pra perambular sem guia Quem tem boca vai à Roma E agora que está em Roma Quem diria, simbora andar Quem na vida não quer ter sucesso? Mas pra isso não me esqueço De que fundamento é sola gasta Pode pendurar a melancia E ainda assim garanto que isso só não basta ENGLISH TRANSLATION Linha na Pipa is a popular expression that can be literally translated to "releasing more cord for the kite". Facilitating what you want to happen. That's the same meaning of "Lenha na fogueira" (more wood in the fire). "Pé na tábua" is similar to "step on it" (the car gas), that today is monday! ("Que é segunda-feira") If nobody gets up and washes their faces, there's no way life will go on. Everybody wants to shine, it's a circus. But they don't know that, in order to shine, you have to lift up and tie the canvas, put on posters, sell tickets and "cobrar escanteio e correr pra área". This last expression relates to soccer, means you have to kick the ball and receive it yourself all across the field. "Fogo no rabo" (fire in the tail, literally), means you can't stay put. "Pernas para que te quero" is a popular expression for running as crazy people. So you can walk through with no guide. Who's got paladar goes to Rome, and since we're in Rome, who'd say? Let's walk! Who doesn't want to be successful? But I can't forget that it is by walking forward and learning that you get embasement and knowledge. You might even put on a watermelon around your neck, it's not enough.
2.
Clinch Danilo Moraes/Ricardo Teté Vê se medica esse teu mau-humor O dia lindo e você tá sempre borocoxô Cada mania, nego, que horror É jurubeba, rapé, fórmula 1, dominó Quando birita se mete a cantar E dá-lhe Nelson Gonçalves, Cauby e Frank Sinatra Pra tua sorte gosto de brigar Eu não sou flor que se cheire, você vai ter que casar Luva de pelica É muita sofisticação Minha sutileza se traduz na expressão: Vai te catar Nicanor! Feito cacique Cê da xilique Depois reclama que eu me espalho e roubo o cobertor Você me enche A gente clinch Se deu patada se prepara que o troco é bom
3.
Da Onde Vem Dani Black Não é questão de dinheiro Quem tenta se encontrar E roda o mundo inteiro sem ninguém Tentando desvendar Da onde vem e aonde quer chegar Tudo quanto é tempero Aguça o paladar Do bom ao bom veneno E nem vintém do que possa explicar Da onde vem e aonde quer chegar E vira um desespero Quem se diz esperar Que algo dispense O que se diz pensar E vira um pesadelo, um vício singular De tanto exagero, só pensa em desvendar Da onde vem e aonde quer chegar E o amor verdadeiro Trata de destratar Ser cego por inteiro é nada além Do que possa provar Da onde vem e aonde quer chegar Nesse desassossego Algo fica no ar Se endoidecer primeiro é por não ver Que amar É de onde vem e aonde quer chegar Veja meu bem não vá se perguntar Tá tudo bem Melhor pra se encontrar É ver com quem E onde quer estar
4.
De Casa Léo Versolato/Dani Gurgel Do Acre até Noronha, andei Foz do Iguaçu a Macapá Que nessas bandas não achei Saí por aí procurar Torneiros, pixadores, leis Tropeiros, lavadeiras, reis Bueiros, pirambeiras Nem lembro bem por onde passei De caminhão, de carona De metrô, de pau de arara Fui até buscar nas gringas e voltei Tropecei no meu quintal, você Disse pr’eu ficar Bom é ser de casa Busquei em tudo o que é lugar Pra encontrar no meu quintal Pr’eu ficar bem no meu quintal
5.
Depois Tatiana Parra/Dani Gurgel Reconhecer um lugar, um som Desafiar a lembrança Vulto de um dia bom Um momento no ar Que faz voltar, recomeçar, então Depois Tanta memória sem condição Reconstruir um pedaço Imagem de raspão Que faz voltar, recomeçar então Uma história de um tempo Que a saudade desperta Me parecia o olhar De um irmão Me lembrava em vão De um tempo normal Tão leve dissipou O som de um dia Que ficou pra trás Depois E tentava compor Detalhar traços sem direção Desenhar um borrão O cheiro de um lugar Tão bela e estranha sensação Saudades pra lembrar Depois Penso se vou voltar Um dia, agora, ainda, sempre Eu volto pra lembrar De um tempo bom Depois
6.
Lé com Cré Leo Bianchini/Tó Brandileone/Vinicius Calderoni Na paz A dois Fui ver Já era – Pra onde você mudou? Sem chão Sem gás Nem luz Pra onde vou? Sem pai Nem mãe Sem deus Pudera Parece mentira o amor Fez sol Fez frio Vazio Não melhorou Viu? De que adiantou? Dar a cara a tapa Faça-me o favor Diz o que foi que me restou Veio esse pé d’água n’alma E me arrastou E eu a pé nas marginais Sem a grana do metrô Depois De mês Num bar Quem era – Por onde você andou? Sem chão Sem mais De vez Recomeçou Sem pai Nem mãe Sem deus Na hora De tudo que se falou Nem lé com cré Pois é O amor voltou Viu? De que adiantou Esconder a cara Tapear a dor Se depois Como o tempo comprovou Veio outro pé d’água n’alma E me arrastou Dias nunca são iguais Vem daí o seu sabor
7.
Quem Dera Demetrius Lulo/Wagner Barbosa Sambista Todo canto bom pr’um orixá Vai cantando, o canto é teu rezar E vai descendo a ladeira Desfilando Passista Todo santo bom sabe dançar Vai rodando o corpo é teu gongá Descalço até quarta-feira Desfilando O cordão vai Põe teu pé no chão sagrado e vai Ladear, brincar com teu cortejo Qu’eu já te vejo a cantarolar Vai desfilar Quem dera O cordão, o mundo festejar Toda fé do chão desse lugar Brincando à nossa maneira Desfilando O cordão vai Põe teu pé no chão sagrado e vai Ladear, brincar com teu cortejo Qu’eu já te vejo a cantarolar Vai desfilar Quando afinal, fez-se carnaval Nosso quintal é toda avenida Quando afinal, nosso carnaval Não vá chorar Quem dera...
8.
Não Tem 03:44
Não Tem Debora Gurgel/Dani Gurgel Em cada canto da cidade Tem um conto, um acaso Que não tem outro lugar, não tem Sorveteiro vende bala Camelô passa cartão Garantia de cambista Tem o neura da limpeza Não toca na maçaneta Nem no cano do metrô Tem um outro no volante Só buzina, só costura, Toma uma e perde a carta no comando Em cada canto da cidade Tem um gesto, um abraço Que não tem outro lugar, não tem Se é Cruzeiro ele é Palmeiras Se é Flamengo ela é Timão Se é Brasil eu sou torcida Se é bicheiro, caloteiro Ou botequeiro não importa Marronzinho não perdoa De domingo se tem jogo Tudo pára, tudo lota, tudo empaca Não tem bola, tem balada Cada canto tem seu louco Cada cidade tem seu canto Não bato boca, bato bola Pra mim não tem outro lugar
9.
Rei Xangô Ricardo Barros/Maurício Fernandes/Vinicius Pereira Filho de Acanju e Iemanjá O menino Badé já brincava com o fogo sem se queimar Com o seu caráter forte, juntando a justica e a sorte Tornou-se um guerreiro no mundo a se aventurar Foi batendo o seu Oxé Que arrancou as labaredas Fez todo o fogo no céu Quando a tudo iluminou Se tornou Obakossô Porém já logo em seu primeiro raio Incendiou a cidade, o palácio, mais parte do povo e chorou Quando os Malês invadiram suas terras Para retomá-las, Xangô teve que rogar a Iansã Que chegou com sua espada, Em seus ventos indomada Junto aos raios de Xangô Com a tormenta terminada, Todos clamam Rei Xangô Xangô, o grande guerreiro Que depois de Rei de Cossô Acabou sendo o quarto Alafim de Oiô O Rei acabou perseguido E assim que saiu de seu trono, Xangô foi logo pra floresta se enfeiticar Surgiu num grande lampejo E estremecendo os guerreiros, Falou “O meu nome é Xangô, o dono do fogo!” Quando Xangô se encantou, Junto a Oxum e Iansã Uma nuvem se formou Obá so subiu depois E os três indo ao Orum Chuvas ventos e trovões Quando Xangô se encantou Junto a Oxum e Iansã Orunmilá apontou E ao sinal de Oxalá Se tornou um Orixá
10.
Bate Pilão Rafa Barreto Vem da voz de todo povo Vem do suor de toda raça Vem da cor que tá na mata Bate na mão, sacode o corpo Pra ver Vem do som que tá no couro Vem do tambor que tá na praça Vem do grão que faz a massa Bate na mão, sacode o corpo Pra ver No chão o pilão, no pé o peso No alto a saca que leva e traz o que se dava O calo na mão traduz a força Do tempo afora E nem vou me segurar e não dizer Cadê que foi embora Cadê que nada Cadê que foi agora Eu vou cantar

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AGORA – Dani Gurgel e Novos Compositores, terceiro disco da cantora e compositora paulistana Dani Gurgel, é inspirado na série de shows homônima apresentada em 2007, na qual Dani convidava seus contemporâneos a participarem dos shows e apresentarem suas músicas. O novo trabalho reúne canções inéditas e conta com a participação de 23 jovens músicos da nova cena musical brasileira. Um trabalho eclético, amarrado pela interpretação de Dani, combinada com cada convidado. Brincando, vai do jazz ao pop. Há sambas, como “Linha na Pipa”, de Vinicius Calderoni, grooves, por exemplo, “Clinch”, de Danilo Moraes e Ricardo Teté, e outros quase eruditos, como a canção “Depois”, parceria de Dani com Tatiana Parra.

credits

released September 16, 2009

Produzido por Thiago Rabello
Co-produzido e idealizado por Dani Gurgel

Dani Gurgel [voz]
Thiago Rabello [bateria]
Debora Gurgel [piano]
Daniel Amorin [baixo acústico e elétrico]
Michi Ruzitschka [violão e guitarra]
André Kurchal [percussão]

Participação especial:
Conrado Goys [violão] em "Lé com Cré"
Jaziel Gomes [trombone] em "Clinch"
Ubaldo Versolato [clarinete e clarone] em "Lé com Cré" e "Depois"

E os compositores, que participam em suas respectivas canções:
Rafa Barreto, Vinicius Calderoni, Danilo Moraes, Ricardo Teté, Dani Black, Leo Versolato, Tatiana Parra, Tó Brandileone, Leo Bianchini, Demetrius Lulo, Wagner Barbosa, Ricardo Barros.

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Dani Gurgel Brazil

Beats and lyrics from Brazil with contemporary jazz melodies and harmonies take Brazilian Jazz to its roots and back into a new approach. Dani Gurgel‘s voice is an instrument, joining beautiful lyrics and complicated vocalises with the sax player precision from her big band days. ... more

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